Presidente da Apronet critica ausência de pequenos provedores na discussão da elaboração do PCT de Florianópolis

25/11/2024 16:23

O presidente da Apronet, Amílcar Dellagiustina Lago, marcou presença no evento de acompanhamento do Protocolo de Cooperação Técnica (PCT), mas sua fala deixou clara a insatisfação das pequenas operadoras diante da condução do processo. Segundo ele, a proposta de criar uma associação para arcar com custos operacionais, como caminhão de serviço e comunicação 0800 para atender reclamações de consumidores, gerou uma reação negativa entre os participantes.

"Querem que a gente monte uma associação de operadoras aqui em Florianópolis para cobrir custos que já existem e ainda acrescentar despesas com caminhão de serviço e uma central de atendimento 0800, para resolver problemas como fios pendurados ou redes desorganizadas. Mas 80% desses problemas são causados por grandes operadoras, como a Oi, enquanto nós, as pequenas operadoras, é que estamos efetivamente trabalhando para melhorar a situação. Como vamos arcar com isso? Não há uma métrica justa entre quem contribui e quem não participa", afirmou Amilcar.

O presidente da Apronet também criticou a exclusão das pequenas operadoras de ações e discussões importantes relacionadas ao PCT, incluindo a própria assinatura do convênio. Ele destacou que a Apronet já enviou um documento à Celesc questionando diversas regras do protocolo, incluindo questões trabalhistas, administrativas e operacionais.

"Não fomos chamados para muitas das ações, inclusive, não participamos da assinatura do convênio. Existem muitos problemas a serem resolvidos antes de cogitarmos formar uma associação. Primeiro, é preciso tratar das questões mais urgentes, como as métricas de participação e os impactos financeiros para as pequenas operadoras", pontuou.

Amilcar mencionou ainda um piloto que está em execução na Avenida Madre Benvenuta, onde a Apronet está envolvida. A iniciativa busca organizar as redes de telecomunicação de maneira prática e estruturada. "Estamos desenvolvendo um piloto na Avenida Madre Benvenuta, onde primeiro deveria ser feita a limpeza do poste e, em seguida, a aplicação do protótipo para organizar os fios. Esse tipo de ação é fundamental, mas precisa ser feito de maneira justa, com todas as operadoras contribuindo de forma equilibrada", explicou o presidente.

No momento, a Apronet descarta a formação de uma associação. "Precisamos resolver os problemas estruturais antes de criar uma entidade que, inevitavelmente, sobrecarregará ainda mais as pequenas operadoras. A prioridade é ajustar as regras e garantir que todos os envolvidos tenham responsabilidades e custos proporcionais", finalizou Amilcar.

A fala do presidente reforça a necessidade de um diálogo mais inclusivo e equilibrado no desenvolvimento e implementação do PCT, garantindo que todos os operadores, grandes e pequenos, sejam tratados com equidade nas decisões que impactam diretamente suas operações.

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